A ÁRVORE
GENEROSA
A Árvore Generosa é uma reflexão sobre a vida.
Tudo o que queremos é sermos felizes. Sonhamos com coisas que nos tragam
felicidade. Muitas coisas são bens materiais passageiros, efêmeros, que passam
por nossas vidas, mas não marcam nossa alma. Para sermos felizes precisamos de
amigos, precisamos de pessoas que nos cercam de carinho, de ternura, de atenção.
Ninguém é uma ilha. Ninguém é feliz só.
O menino amava a árvore e era feliz porque
era criança e a felicidade é mais simples, mais fácil de se encontrar nessa
etapa de nossa vida.
Quando se cresce, a felicidade fica escassa. O
nosso mundo parece distante daquele mundo que um dia vivemos. Chegam os
problemas, as dificuldades, os sonhos desfeitos, as decepções, muitas vezes as
paixões não correspondidas, os encantos perdidos e nos falta a certeza da
felicidade. Por isso, fica fácil colocar a felicidade em bens materiais como o dinheiro.
Aos poucos, o tempo passa e percebemos que a
felicidade deve estar em algo mais duradouro como a família e os amigos,
contudo, o tempo continua a passar... sem compaixão nos ferindo a alma,
martirizando o coração, e de repente já estamos mais velhos, cansados; às vezes,
doentes; às vezes, sozinhos. E então a felicidade se torna escassa novamente,
olhamos para trás e pensamos: será que tudo o que fizemos poderíamos ter feito
diferente? Teríamos sido mais felizes assim?
Trata-se de uma pergunta que não tem resposta,
pois a vida é uma só e, no final da vida ficamos como aquele menino-velho ou
velho-menino que chega até a árvore e diz: “já não busco muita coisa só um lugar sossegado onde eu
possa me sentar, pois já estou muito cansado” e a vida se torna menos complexa e, a felicidade se torna uma
sensação interior de paz, principalmente, se as escolhas feitas não nos
trouxeram arrependimentos.
A história da Árvore Generosa também
nos coloca diante da situação da humanidade que explora a natureza, que esgota
os recursos naturais em busca de sua felicidade. Nós, humanos, nos parecemos
com aquele menino que sempre quer mais, que nunca está satisfeito com o que tem;
que deixa um rastro de destruição por onde passa e, que mesmo assim, nosso
planeta, nosso querido planeta, nossa casa comum continua a nos abrigar como
uma mãe generosa que embala o filho nos seus braços.
Muitas reflexões ainda podem ser feitas a
partir desta história tão simples e tão complexa ao mesmo tempo. Uma das questões amplamente discutidas em
sala de aula foi a Ética do Amor: a GENEROSIDADE, tão bem expressa nessa
história, uma vez que a generosidade é a qualidade daquele que tem um bom
coração; daquele que se preocupa, que ajuda o próximo sem esperar nada em troca,
fazendo sua felicidade o ato de ajudar, como bem diz a ética cristã: “Há mais
felicidade em dar do que em receber”.
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